Essa é uma pergunta que muitos gestores de comunicação se fazem, afinal vivemos em um mundo ávido por constantes transformações e inovações, não apenas em termos de plataformas tecnológicas e recursos audiovisuais, mas também no campo do chamado employee experience. E esta também é a realidade dos canais de comunicação, que evoluem a passos largos.

Uso de Vídeos

Os vídeos, por exemplo, apesar de não serem novidade, chegam a representar 80% do volume de conteúdo consumido na web, segundo a Cisco’s Visual Networking Index (pesquisa realizada pela empresa multinacional de equipamentos de rede para a internet).

O motivo pelo qual as pessoas preferem o formato de vídeo tem tudo a ver com a contemporaneidade, a chamada era do protagonismo autoral, que tanto falamos.

As pessoas têm cada vez menos tempo para ler e a visualização de vídeos é mais rápida – e mais atrativa, sobretudo para os jovens millenials, que são apaixonados por inovação e movidos a desafios em tudo o que fazem, e também os representante da geração Z, que já nasceram em um mundo conectado e com um celular na palma de suas mãos — por isso também são chamados de “nativos digitais”.

Podcasts

O podcast também já conquistou seu espaço na comunicação corporativa e muitas organizações já têm os seus próprios. Elas o utilizam tanto para atingir seu público interno como para manter estratégias de relacionamento som stakeholders ligados às suas áreas comerciais, leia-se: força de vendas, formadores de opinião no mercado em que atuam, consultores, profissionais de PDV, entre outros.

E essa preferência tem várias razões: o podcast oferece praticidade, mobilidade (afinal as pessoas podem ouvi-lo no deslocamento de um lugar para o outro, durante os afazeres domésticos ou em suas atividades físicas), além de baixo custo de produção e grande abrangência.

A tendência é que o podcast siga firme e forte, pois ele já foi incorporado na vida e na rotina das pessoas. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Podcasters (2018), 51,1% dos usuários de podcasts no Brasil acompanham episódios diariamente, e 67,7% ouvem, em média, duas ou mais horas por dia. 

Redes Sociais Corporativas – Interatividade na CI

O sucesso de redes sociais, a exemplo de Facebook, Instagram, Tik Tok, LinkedIn, Twitter, entre outras, se repete no mundo corporativo, por meio de ferramentas como Yammer, Workplace, Slack e Currents.

Entender por que esses espaços viraram os queridinhos das corporações é fácil! Eles permitem que os colaboradores se comuniquem de forma interativa. Funcionam como as outras redes sociais, porém, são destinados apenas à comunicação interna da companhia.

Além disso, fomentam a comunicação e o endomarketing, de modo a favorecer uma cultura organizacional mais alinhada com os objetivos estratégicos da empresa, fortalecem a interação, a conectividade e o compartilhamento de dados, além de transmitirem informações organizacionais, de forma ágil e autoral.

Um projeto de rede social corporativa deve partir sempre de uma escuta ativa, de um diagnóstico e ser desenvolvido em camadas: primeiramente, faz-se a gestão de todo conteúdo lá dentro, depois liberamos espaço para curadoria, grupos de discussão, até trazermos empregados voluntários que topem se comprometer com a comunicação corporativa, gerando conteúdos enriquecidos, fortalecendo laços de marca empregadora. Não há receita de bolo nesse sentido. Há o que funcione, respeite e valorize seu ambiente organizacional, lembra-se disso!

Uma “velha nova” conhecida

Outra ferramenta que já está consagrada nas organizações é a intranet. E essa conquista se deu por conta de ser um canal digital com muitas funcionalidades, que vão desde o armazenamento de conteúdo e políticas até a divulgação de notícias importantes, como resultados da empresa, boas práticas de negócios e de áreas.

A intranet reforça orgulho de pertencer e humanizando a companhia, ao colocar o colaborador como protagonista. Tal canal tem retomado sua valorização em virtude dos tempos pandêmicos, de trabalho remoto e da necessidade dos colaboradores em tomarem para si a própria responsabilidade sobre a busca de informações essenciais ao seu dia a dia de trabalho. O chamado accountability comunicacional. Em vez de esperarem tudo “mastigadinho”, como antes.

E os Canais Off-line, hein?

Sim, os meios digitais estão na crista da onda. Mas os canais offline também têm seu valor, sobretudo em empresas com unidades fabris onde os colaboradores não têm e-mails da empresa nem acesso aos canais online. Esta realidade, porém, começa a mudar em algumas companhias, mas ainda é o que acontece em boa parte delas, especialmente no Brasil.

Um dos veículos off-line mais tradicionais é o Jornal Mural. Geralmente, ele é afixado em locais de grande movimentação de pessoas e leva, de forma dinâmica e eficiente, conteúdos de relevância para todos dentro de uma organização.

Há ainda os quadros de aviso que disponibilizam informações de uma determinada localidade, como mudança de horário ou itinerário dos fretados, novidades do cardápio do refeitório etc.

As revistas e as newsletters, embora tenham se tornado digitais, em alguns casos, para reduzir custos de impressão e logística, ainda fazem parte da matriz de comunicação de diversas organizações, sendo encaradas como um projeto editorial que contemple a nata do storytelling, trazendo à tona a vida de personagens que, se bem trabalhados, podem inspirar pelo exemplo.

São canais muito úteis ainda para contar cases de sucesso, boas práticas, reconhecer talentos, cultivar a memória empresarial e, ainda, aproximar a família do colaborador do universo em que ele está inserido diariamente: senso de pertencimento puro!

Online X Off-line: qual o melhor?

Como pudemos ver, os meios digitais e os físicos têm, ambos, suas razões de existir – e exercem papeis distintos. Ou seja, não há melhor ou pior, mas sim o que é mais adequado para o perfil dos colaboradores de uma empresa e a natureza da sua cultura organizacional.

E, se com o digital, a comunicação ganhou mais velocidade e eficiência, isso não significa que o mundo offline tenha perdido a sua importância. Aliás, muito pelo contrário, pois manusear o papel ainda é um hábito prazeroso para algumas pessoas e o formato físico permite que funcionário leve o material impresso da empresa para sua casa.

Na Trama, não utilizamos a Comunicação Corporativa online em detrimento da offline, mas sim promovemos o chamado cross media. Analisamos os cenários de cada um de nossos clientes e entendemos suas necessidades específicas.

Feito isso, orientamos como eles podem (e devem!) investir em canais digitais e utilizar os meios impressos de maneira complementar. Assim, eles poderão manter seus colaboradores sempre engajados, alinhados com os objetivos da empresa e, claro, muito bem informados!

Lembre-se: segmentação é o segredo nos dias atuais.