Certamente você já deve ter ouvido que o “corpo fala”. Isso quer dizer que mesmo quando não verbalizamos o que pensamos ou sentimos, nossas expressões faciais, postura e a forma de gesticularmos transmitem uma mensagem para as pessoas com as quais estamos interagindo.

Estamos habituados a identificar os sinais verbais e tirar conclusões apenas com o que é dito. Entretanto, se aprendermos a “ler” a linguagem silenciosa da comunicação não verbal, podemos interpretar o que alguém realmente quer dizer, perceber contradições e até mesmo dissimulações.

Para falarmos sobre esse tema, fizemos um podcast (saiba mais no final da matéria) com Gilberto Cury, fundador e presidente da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL), responsável pela introdução da Programação Neurolinguística (PNL) no Brasil e professor do Mestrado em Gestão Internacional da Fundação Getúlio Vargas.

No bate-papo, o especialista destaca o estudo de Albert Mehrabian, pesquisador de assuntos referentes à linguagem corporal. “O estudo mostrou que 55% da comunicação é composta pelo não verbal; 38% por como as palavras são ditas, e apenas 7%, por palavras”, explica. Ou seja, as pessoas prestam mais atenção à linguagem corporal do que a oral, ainda que, muitas vezes, de forma inconsciente.

Conhecimento compartilhado

Por entender o quanto a comunicação não verbal é importante para as relações humanas, a Trama aborda esse tema no módulo Imagem e Reputação como parte do programa de capacitação em comunicação interna que oferece aos seus clientes.

“Quanto mais as pessoas compreenderem que esse tipo de linguagem é um complemento das palavras, mais assertivas serão as comunicações – e isso não se aplica somente na vida profissional”, explica Cíntia Rizzo, gerente de Comunicação da Boehringer Ingelheim, cliente que participou dessa capacitação. “Há algumas vantagens em trazer para consciência a interpretação da linguagem do corpo. Podemos melhorar não apenas nossas relações interpessoais ao sermos capazes de perceber as emoções e intenções dos outros, mas também como apresentamos conteúdo dentro do ambiente de trabalho”, aponta. “É possível ainda aumentar a compreensão da cultura de uma empresa para além do que se estampa nas paredes e, por fim, contribuir na resolução de conflitos, uma vez que estamos dispostos a compreender melhor a intenção e a mensagem do nosso interlocutor”, completa a gerente de Comunicação da Boehringer Ingelheim.

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Cíntia Rizzo, Gerente de Comunicação da Boehringer-Ingelheim Brasil.

Cíntia percebeu que a capacitação realizada pela Trama plantou nos participantes uma semente valiosa que, ao ser regada, transforma as relações de um ser humano, tanto profissionais como pessoais.

“Vale lembrar que, historicamente, antes mesmo da linguagem existir, os seres humanos eram capazes de entender gestos e posturas e, naturalmente, carregamos isso ao longo da evolução da nossa espécie”, argumenta. “Não há como falar de comunicação sem considerar o ‘não-verbal’, inerente à natureza humana e fundamental para nos conectarmos com outras pessoas. Eu, particularmente, acredito que gestos e postura são muito mais genuínos e autênticos e, por isso, saber lê-los é um recurso valioso para uma comunicação eficaz”, finaliza.

Ficou curioso? Quer saber mais sobre esse tema? Então clique aqui e confira nossa conversa com Gilberto Cury, no podcast do Boletim Diálogos, em que ele nos conta como o corpo pode contradizer o que uma pessoa está falando, as vantagens de aprender a linguagem não verbal dentro de um ambiente corporativo, dicas para construirmos uma boa relação com os outros, aumentando nossa qualidade de vida – e muito mais!

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