Gestão de Crises e Gestão de Riscos. Qual é a diferença?
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Gestão de Crises e Gestão de Riscos. Você sabe qual é a diferença?

Muita gente confunde gestão de crises com gestão de riscos. São duas coisas diferentes, que se completam. Separamos aqui algumas dicas importantes para você compreender melhor esses termos e aplica-los corretamente na sua empresa.

 

Antes mesmo de começar a leitura do texto, vamos fazer uma aposta? Quando você souber qual é a diferença entre gestão de crises e gestão de riscos, você nunca mais vai se separar delas! Quer ver só?

 

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A gestão de riscos é o processo pelo qual a empresa identifica e classifica todos os fatores que podem de alguma maneira se transformar em uma crise ou estimular outros fatores geradores de crises. Para a gestão de riscos, tais fatores representam um perigo, que pode ser distante ou iminente, mas um perigo real.

Já a gestão de crises é o processo que avalia o potencial de impacto do risco caso ele se transforme em uma crise e quais são as medidas de controle para que ele não se transforme em crise. Se a crise acontecer, a gestão de crises aplica todos os procedimentos já planejados para o gerenciamento e controle da crise instalada.

Entendeu?

 

A gestão de riscos é a primeira parte do processo. Enquanto a gestão de crises complementa esse trabalho com avançada visão de comunicação na prevenção e no gerenciamento. São duas ações diferentes, que se complementam.

 

Gestão de Crises e a Comunicação

No momento atual, nenhuma empresa pode se dar ao luxo de ter crises constantes em sua porta. Entretanto, nos últimos tempos, estamos assistindo a dezenas de crises de comunicação, algumas de enorme impacto de imagem e financeiro, que poderiam ser evitadas pelas empresas se elas tivessem observado e tratado os riscos e ameaças antes de se transformarem em fato gerador de crise.

Só em 2019 já tivemos inúmeros exemplos disso. É só observar os casos da Vale, com o rompimento da barragem em Brumadinho; do Flamengo, com o incêndio no Centro de Treinamento do clube; e o ataque a uma escola em Suzano.

 

A crise na Vale

A Vale possui um amplo e detalhado planejamento de gestão de riscos e crises, já noticiado em detalhes pela imprensa, no entanto, tudo indica que seus dirigentes negligenciaram o planejamento e ignoraram os alertas de especialistas sobre o risco da barragem E você viu o que aconteceu.

A crise no Flamengo

Certamente, o Flamengo não tinha um plano de Gestão de Riscos e Crises elaborado tecnicamente e por conseqüência cometeu uma série de atitudes inconseqüentes que levaram a ocorrência do incêndio e a morte de vários atletas por hábitos e atitudes negligentes do clube.

A crise na escola de Suzano

O caso mais estranho e difícil de considerar é o do ataque à escola de Suzano. Mas, do mesmo modo, o ataque só ocorreu porque certamente não havia e não há nenhuma consciência de prevenção de riscos e crises. Uma escola com livre acesso e circulação poderia receber qualquer tipo de ataque, desde os mais simples como furto e roubo, até o mais grave como aconteceu agora.

 

Em todos esses casos, com maior ou menor evidência, os riscos estavam presentes e se manifestavam de múltiplas formas. Mas, eles não foram devidamente observados e cuidados, sendo negligenciados por irresponsabilidade, descuido ou ignorância.
 


Como evitar que as crises aconteçam

Evitar uma crise empresarial é responsabilidade de todos! E a gente só pode fazer isso, se associarmos as técnicas de gestão de riscos com as técnicas de gestão de crises e aplicá-las no processo de comunicação.

Quando o profissional tem conhecimento e domina as duas técnicas, ele consegue fazer um planejamento preventivo adequado e evitar mais de 50% das crises empresariais.

Veja algumas dicas importantes para que você consiga evitar que as crises aconteçam na sua empresa.

 

  1. Tenha consciência de que você pode se antecipar às crises;
  2. Desenvolva uma percepção natural de observar riscos;
  3. Reconheça que os riscos se manifestam muito antes de se tornarem uma crise;
  4. Não ignore indícios de riscos ou os próprios riscos;
  5. Anote e reporte o risco a outra pessoa ou superior hierárquico;
  6. Analise a natureza e o potencial do risco;
  7. Avalie as consequências caso ele se transforme em crise;
  8. Defina uma ação de correção e uma medida de controle.

 

Se você quiser ainda mais dicas e informações sobre a gestão de crises, indico a você um e-book super bacana com o passo-a-passo para a gestão de crises corporativas. Acesse e, caso restem dúvidas, pode me procurar. Quero muito poder te ajudar nesse desafio.

E só de você aplicar essas dicas, já terá dado um enorme passo para a prevenção de crises na sua empresa. Evitar que uma crise aconteça é uma responsabilidade de todos.

 

 

Deixe seu comentário

  • Gustavo

    Qual a diferença entre gestão de risco e gerenciamento de risco?

  • Rita Couto Roth

    Perfeitas suas colocações. Maravilhosa a linguagem (em forma e conteúdo) do ebook. Mensagem clara, consistente e coerente. MUITO GRATA!

  • cinthia flores

    Flávio gosto muito de compreender o mundo empresarial, olhando primeiro o lado pessoal, pois primeiro me entendo como gente e depois como empresa, instituição ou organização, então, entendo assim teu artigo:
    Risco = açúcar em excesso faz mal, então, previna-se, pois há risco de tornar-se diabético.
    Crise = a pessoa ficou diabética, agora precisa tratar-se.
    Um abraço.

    • Flávio Schmidt

      Olá Cinthia, tudo bem?

      Achei bem interessante sua analogia. É isso mesmo. Para ficar ainda mais claro, vou apenas ampliar um pouquinho sua avaliação.

      O açúcar em si é um fator de risco, não exatamente um risco. Ele não é nem bom nem ruim, mas é um fator. Quer dizer, se a pessoa tem saúde e não é diabética pode consumir. Na medida certa não haverá risco. Se a pessoa consumir além da medida ele se tornará um risco e se a pessoa for pré-diabética ou diabética será um risco com um perigo acentuado. Isso que dizer que aumenta muito a probabilidade de seu impacto. Nesse caso, será melhor parar de consumir.

      Crise é a conseqüência, é o efeito danoso do risco, depois que ele se torna um fato gerador. No caso do diabético, tem que aplicar medidas de controle, quer dizer, gerenciar a situação para controlá-la e diminuir seus efeitos e impactos. Porém, ainda no estudo da crise, quando falamos em gestão de crises, temos um fator preliminar que estuda o risco nas dimensões anteriores e avalia suas características e o possível impacto caso ele se torne uma crise. Com essa análise prévia podemos dar o tratamento adequado ao risco para que ele não se torne um fato gerador. Assim, evitamos que a crise aconteça. Ao mesmo tempo, ao analisar o risco e seus impactos, também elaboramos o plano de ação para mitigar seus efeitos caso ele aconteça.

      Essa analogia ou associação pode e deve ser feita para os riscos corporativos, porque o principio é o mesmo e funciona da mesma maneira.

      Espero ter contribuído um pouco mais para sua correta análise.

      Obrigado pela mensagem e atenção.

      Abraço

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