A pressão socioeconômica e o potencial do assunto enquanto alavancador de ambientes altamente inovadores mudaram consideravelmente a antiga política do “não me pergunte a respeito, não comente, não fale sobre”.

Não importa sobre qual dimensão ou pilar: Pessoas com Deficiência, Raça/Etnia, Gênero, LGBTQIA+, Gerações etc. A regra é priorizar a pauta, e, assim, promover o engajamento a políticas inclusivas nas organizações, tendo como eixo central o respeito às diferenças.

O que é linguagem inclusiva?

A linguagem inclusiva ou não sexista é aquela que busca comunicar sem excluir ou invisibilizar nenhum grupo e sem alterar o idioma como o conhecemos. Essa linguagem propõe que as pessoas se expressem de forma que ninguém se sinta excluído utilizando palavras que já existem na língua.

O que é Linguagem Neutra?

A linguagem neutra ou não binária, embora tenha o mesmo propósito de incluir a todas as pessoas, apresenta propostas para alterar o idioma e aqui entram por exemplo as novas grafias de palavras como: amigues, todes, bem-vindes, obrigade etc.

Inspirados pela Vida

A Boehringer Ingelheim (BI), nosso cliente do Núcleo de Comunicação Interna, é um exemplo de empresa que atua bem nesse ponto. O assunto extrapola os muros e é entendido como responsabilidade social, já que é impossível exigir um ambiente diverso e inclusivo sem ensino e aprendizagem.

Como parte desse plano educacional, a BI Brasil recentemente lançou o guia “Comunicação Inclusiva: como abraçar a diversidade, a igualdade e a pluralidade no seu dia a dia” aos colaboradores. O Grupo Trama Reputale foi responsável pelo projeto gráfico do guia.

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Guia de Comunicação Inclusiva da BI Brasil.

Para a BI, falar sobre diversidade e inclusão tem se tornado algo estrutural, rotineiro. E, por isso, à medida que os colaboradores avançam no desenvolvimento de carreira e tempo de casa, o grau de dificuldade, complexidade e abstração dos conteúdos aumenta também.

Vale lembrar que na empresa a linguagem inclusiva é a praticada no dia a dia, deixando a comunicação neutra ainda de fora da governança.

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Guia de Comunicação Inclusiva da BI Brasil.

Além da acessibilidade, na linguagem inclusiva estão inseridos também cuidados e adaptações necessários do processo de aprendizagem e de socialização, de forma a proporcionar aos funcionários condições para que se sintam parte ativa e efetivamente incluída nesse ambiente de trabalho plural.

“A comunicação tem um papel muito importante nas relações humanas e, assim como as palavras erradas são capazes de marginalizar, excluir e machucar grupos, a comunicação adequada é capaz de criar laços de respeito, desconstruir preconceitos e promover mudanças no ambiente”, destaca Lais Tricta Haruno, Coordenadora de Comunicação Interna e Responsabilidade Social na BI.

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Guia de Comunicação Inclusiva da BI Brasil.

As boas práticas trazidas pelo guia são uma entrega da área de Desenvolvimento Organizacional, sob liderança de Clara Cavalca. Quando essas atitudes são transferidas para um guia, companhia e funcionários acordam o papel de cada um na construção de um espaço onde a comunicação inclusiva não será algo passageira, e sim o jeito de ser e de fazer a gestão.

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Clara Cavalca, analista de Desenvolvimento Organizacional e líder do projeto na BI-Brasil.

“Aqui na BI a área de RH é responsável pela governança; dois líderes da alta hierarquia abraçam um pilar enquanto a média liderança faz o mesmo. Também contamos com os olhares dos grupos de afinidades. Por termos esse trabalho 360°, percebemos que as comunicações podiam melhorar e serem mais inclusivas, integradas. De forma simples, sem alterar as grafias das palavras, passamos a utilizar ambos os gêneros ou adotar substantivos neutros ou mudar a estrutura gramatical das frases”, explica Clara Cavalca, analista de Desenvolvimento Organizacional e líder do projeto.

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Adriano Zanni, diretor de engajamento e comunicação com empregados do Grupo Trama Reputale.

Para consolidar ainda mais as informações, Adriano Zanni, diretor de Engajamento e Comunicação com Empregados do Grupo Trama Reputale, conclui:

“A comunicação inclusiva é um possível instrumento de transformação social. Já linguagem neutra reconhece a utilização de recursos comunicacionais diferentes da norma linguística, as vantagens e privilégios simbólicos que estruturam a nossa comunicação. Dialogar sobre esses conceitos, mostrar cases e exemplos e executar ativamente as pessoas a respeito é um processo natural de amadurecimento, que se bem trabalhado pode impactar no brand equity e nas questões de marca empregadora também. Mas o propósito maior deve ser sempre a causa!”.