Para quem acreditava que o debate sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalista era um assunto esquecido, surge mais um capítulo no livro sobre as possíveis interpretações do caso. Isso porque, na última quarta-feira (dia 14/07) foi divulgado que o prefeito de Campo Grande, Nelso Trad Filho, sancionou a lei que estabelece obrigatoriedade do diploma para exercer o cargo de jornalista ou assessor de imprensa no Legislativo e Executivo em Campo Grande. Os jornalistas não diplomados, mas que possuem registro sob a denominação de jornalista profissional, também foram autorizados a participar do processo de seleção.

A sanção indica a movimentação que questiona a validade da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a exigência do diploma para jornalistas. A decisão envolve um histórico polêmico, posicionamentos divergentes e controvérsias. Apenas para refrescar a memória, a decisão não afetou somente o universo dos comunicadores, mas suscitou a dúvida sobre a possibilidade do diploma ser questionado para outras profissões.

Sem entrar no mérito do apoio, ou não, à obrigatoriedade do diploma, o fato é que a divulgação sobre a lei sancionada em Campo Grande faz parte de um contexto mais amplo, sobre o qual podemos considerar que as decisões sobre a profissão do jornalista, sua função, exercício e liberdade estão em constante debate. E o debate é fundamental para promover a postura crítica esperada pelos veículos de comunicação.