É cada vez mais comum encontrar informações sobre o avanço e a popularização das redes sociais no país. Embora tais conteúdos sejam divulgados quase que diariamente pelos meios de comunicação, com destaque absoluto para as próprias ferramentas da internet que disseminam as boas novas em tempo recorde, as pesquisas sobre o fenômeno da rede ainda engatinham. E dizer que as pesquisas ainda engatinham não quer dizer falta de consistência, já que muitos pesquisadores e gente antenada do mercado de comunicação realizam um trabalho sério na área.

O que rege a idéia das pesquisas engatinharem é a falta de dados comparativos (como falar em linha do tempo diante da jovem e veloz web?) suficientemente consistentes para convencer os resistentes profissionais das empresas, sejam PMEs ou grandes corporações. Fazendo uma rápida avaliação, é interessante observar o modo como diferentes empresas se posicionam diante do desafio de participar do que Tim O’Reilly, fundador da O’Reilly Media, chamou de Web 2.0.

De forma primitiva, há empresas que não se importam com sua imagem e não pensam em gastar um centavo em comunicação. Um passo adiante, instituições com modelos pouco flexíveis consideram importante manter uma boa imagem junto ao público e gastam importantes quantias ao acreditar na máxima de que “a propaganda é a alma do negócio”, sem reconhecer a importância das novas mídias para o business. Bom investimento, mas poderia ser melhor. Mais atual, econômico e eficaz é a comunicação de empresas que conhecem o potencial da mídia tradicional e, ao mesmo tempo, reconhecem a importância vital das novas mídias. Não é à toa que o mercado garimpa profissionais, podem ser estudantes ou fuçadores criativos, capacitados e dispostos a fazer bom uso dos novos canais.

As novas mídias abrem portas (e muitas janelas) para as empresas que sabem da importância de cuidar da imagem, mas não tinham condições de utilizar a mídia impressa, radiofônica e televisiva. Por falta de estratégia, ou por puro aperto econômico, a falta de investimento dificultava a comunicação entre instituições e consumidores. Com boas idéias e percorrendo uma trajetória incerta pelo desconhecido, empresas passaram a adotar práticas que permitem o diálogo entre diferentes partners do mercado. Blogs, Twitter, Orkut, Facebook e afins tornaram-se palco de ações de comunicação empresariais. E quando as empresas conseguem fazer bom uso da net e suas ferramentas, as marcas invadem as mídias sociais.

Interessante dar uma olhada na matéria que saiu ontem (dia 22 de fevereiro) no Propmark e inspirou este post. Por fim, impossível não reconhecer o belo trabalho da Tecnisa.