Hoje, chega às bancas de todo o País a segunda edição da Revista ALFA, da editora Abril. Publicação destinada ao público masculino, a revista segue o conceito “Alfa é o cara ligado em estilo, saúde, carreira, mulheres e negócios e que – agora – tem revista”, pois é voltada aos homens que constituem família, têm estabilidade financeira e estão em ascensão profissional.

A publicação é parecida com a norte-americana Esquire e, com o lançamento, o Grupo Abril deseja atingir um público de homens com perfil sofisticado e inteligente e tem pautas com foco em comportamento, moda, saúde e fitness, sexo, estilo de vida, cultura e sociedade, tecnologia e, claro, mulheres. A primeira edição teve capa tripla, sendo a principal com Galvão Bueno fazendo sinal de silêncio na época do famoso “Cala a boca, Galvão”, que movimentou o twitter durante a Copa do Mundo de 2010. As outras capas foram estampadas pelo humorista Marcelo Tas e pelo ator Daniel Oliveira.

Já a segunda edição tem Steve Jobs na capa e conta a trajetória do cara que está reinventando o futuro. Michael Moritz, um dos maiores biógrafos de Jobs, fala sobre o sucesso da Apple. Porém, o mais inusitado – e genial – da revista deverá ser a entrevista exclusiva com Pimenta Neves, no momento que se completa dez anos do assassinato da jornalista Sandra Gomide. Pela primeira vez, o jornalista de 73 anos, que matou a namorada, comenta o caso. O repórter Vicente Vilardaga afirma ter encontrado um homem sereno, com convencimento de inocência e discurso de autodefesa baseado no uso dos medicamentos tarja preta que o teriam privado da razão. “Não estava em condições normais. Minha memória estava alterada e tenho dificuldades para lembrar de muitos detalhes”, contou Pimenta que se refere a Sandra como “uma boa moça”.

Entrevistas exclusivas, ensaios diferenciados, capas personalizadas e pautas incomuns destinadas a homens inteligentes e de opinião mostram que os impressos ainda têm credibilidade na época da internet e que, ainda, vale a pena ler no papel. Apesar de ser uma publicação mensal, a revista furou todos os veículos diários, semanais e online e, assim, mostra que, apesar da interatividade, a imprensa escrita ainda tem vida no Brasil. Deve ser a nova geração Alfa. Ainda bem!