Logo depois da febre do Orkut no Brasil. Muitas outras redes sociais como o Twitter e o Facebook “chegaram” por aqui, e, mudaram, por completo, o modo como as pessoas se relacionam. Entretanto, mesmo com o número crescente de adeptos, muita gente ainda não entendeu a importância dessas ferramentas, e até desacredita que as empresas vão conseguir fazer negócios  nelas. Dizem que é a segunda bolha da Internet – disso eu também não duvido. Até porque atualmente muito tem se falado sobre o  IPO do Facebook, uma empresa que teoricamente não “vende” bens de serviço ou consumo, mas que está avaliada em U$ 66,5 bi – valor que excede, em muito, o da maioria das empresas que “comercializam coisas concretas”.
Só que há um outro detalhe nessa história que precisa ser avaliado: no início desse mês, a revista Vanity Fair divulgou uma lista com os nomes dos 50 empreendedores mais influente do ano. E sabe quem aparece no topo dela? Ele mesmo… Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, (New Establishment List de 2011). Agora, como é que se explica o sucesso de um cara que criou um site para se relacionar com os amigos na faculdade, e que, depois de cinco anos, simplesmente conseguiu construir a marca mais bem cotada no mercado?
Por tudo isso, cabe a nós, profissionais da comunicação, repensar a nossa atuação neste novo cenário, e, foi este um dos motes da palestra “O papel do Comunicador e as Ferramentas de Fortalecimento da Imagem das Corporações na Era Digital”, ministrada pela Leila Gasparindo, sócia-diretora da Trama, no Senac Santana (SP) no sábado (03/09). Na ocasião, foi discutida essa nova realidade que se apresenta às empresas, e, durante a palestra, foram apresentadas as principais diferenças de atuação das companhias que nasceram na “sociedade industrial” e que agora precisam aprender a lidar com a “sociedade do conhecimento”.
Essa quebra de paradigma requer das empresas um novo posicionamento. Principalmente no que diz respeito ao contato com diversos tipos de público como clientes, acionistas, funcionários e comunidade. Portanto, implica em novos desafios não só para as companhias, mas também para nós da Comunicação. Um bom exemplo dessa mudança de paradigma foi mencionado pela Leila durante a apresentação, e eu acho que vale a pena incluir aqui. São dois vídeos, muito bacanas, da

Dove e do Greenpeace, que de fato, “convencem” a qualquer um de que hoje não é mais possível que uma empresa deixe de alinhar seu posicionamento no mercado frente ao que ela etivamente faz.