Trata-se de um material concebido e desenvolvido pela Geração Z — estudantes do curso de Relações Públicas da ECA-USP — que traduz oito dimensões da diversidade a partir da perspectiva, linguagem e repertório dessa geração, fortemente marcada por valores como pluralidade, justiça social e participação.
O e-book Diversidade: guia prático introdutório
E-book Diversidade: Guia prático Introdutório
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A iniciativa nasceu na disciplina Relações Públicas Globais, coordenada pela professora Maria Aparecida Ferrari e pela pesquisadora Kalliandra Quevedo Conrad. Ao longo de um semestre, mais de 60 estudantes produziram conteúdos fundamentados teoricamente, revisados por especialistas e organizados em um formato acessível e contemporâneo.
O caráter inovador do projeto: traduzindo a diversidade para a Geração Z
O resultado é um guia que combina rigor acadêmico, clareza conceitual e aplicabilidade prática.
O caráter inovador do projeto está justamente na capacidade de traduzir conteúdos complexos — como Raça, Povos Originários, Corpos Dissidentes, Pessoas com Deficiência, Pessoas Trans, Longevidade, Maternidade e Refugiados — para uma linguagem que dialoga diretamente com os públicos mais jovens.
Em um cenário de profunda transformação cultural, a voz da Geração Z tem se mostrado essencial para orientar instituições, lideranças e profissionais sobre novas formas de percepção e engajamento.
Diversidade como pilar das estratégias ESG e reputação corporativa
Do ponto de vista do mercado, o guia surge como instrumento valioso. Empresas têm avançado em suas agendas ESG, mas seguem enfrentando desafios quando precisam converter diretrizes em ações, narrativas e práticas cotidianas.
Nesse sentido, o material oferece referências objetivas, repertório cultural e caminhos para integrar diversidade às estratégias de comunicação interna, às políticas de gestão e ao posicionamento institucional.
A ponte entre academia, organizações e sociedade
Ao apoiar a etapa final do projeto — transformando o conteúdo em um e-book visualmente atraente, alinhado às práticas de consumo de informação da Geração Z —, o Grupo Trama Reputale reforça uma convicção que sempre defendi: a comunicação prospera quando circula entre diferentes sistemas sociais.
Quando conhecimento acadêmico dialoga com demandas reais das organizações, ambos se fortalecem. Quando jovens protagonizam essa construção, a agenda ganha vitalidade, legitimidade e alcance.
Acredito que iniciativas como essa ajudam a qualificar o debate sobre diversidade, trazendo profundidade sem perder a capacidade de mobilizar.
Videocast Diálogos: ampliando a discussão no mês da Consciência Negra
Para marcar o lançamento, gravamos um episódio especial do videocast Diálogos, mediado por Flavia Martins, com participação da coordenadora do e-book, Professora Dra. Maria Aparecida Ferrari e seus convidados, Selma Moreira e Pedro Jaime. A discussão, publicada no mês da Consciência Negra, aprofunda o papel da comunicação na construção de uma sociedade mais equitativa e aborda:
- desafios estruturais e simbólicos da desigualdade racial;
- caminhos para fortalecer práticas organizacionais de inclusão;
- a importância da escuta e da coerência entre discurso e comportamento;
- a interseção entre educação, cultura organizacional e liderança comunicadora.
O episódio reforça uma mensagem central ao campo da comunicação organizacional: a diversidade não se sustenta apenas por políticas — ela se consolida pela narrativa, pela prática e pelo exemplo cotidiano das lideranças.
O papel da comunicação na transformação cultural das organizações
Diversidade: guia prático introdutório é um marco simbólico e prático. Simboliza o protagonismo de uma geração que reivindica propósito, transparência e equidade.
E oferece às organizações um instrumento inédito para compreender essa geração e dialogar com ela de forma estratégica.
O guia aproxima academia e mercado, fortalece o papel das Relações Públicas na mediação de sentidos e evidencia como a comunicação pode impulsionar transformações culturais profundas.
Espero que este material inspire docentes, estudantes, comunicadores e líderes a avançarem em ações consistentes de inclusão — e a reconhecerem a comunicação como eixo estruturante para a construção de ambientes verdadeiramente diversos e integradores.
