Um novo fenômeno na Comunicação Interna começa a nos chamar a atenção tendo em vista o dinamismo e a pluralidade das informações que circulam nos mais variados ambientes corporativos. Diversas organizações, públicas e privadas, começaram a substituir seus projetos obsoletos de intranet pela criação de grupos fechados para discussões de ideias entre seus funcionários nas redes sociais, como o Facebook.

Vivo/Telefônica, Santander, Estácio de Sá e Pão de Açúcar são apenas alguns exemplos de iniciativas vanguardistas cujo principal objetivo é alavancar processos de aprendizagem colaborativa, acompanhando as tendências de democratização do acesso ao conteúdo que muitas dessas organizações desejam semear entre seus públicos de interesse. Reuniões rotineiras de trabalho, brainstorms, debates acerca de novas políticas de RH e processos operacionais já acontecem também nas redes sociais.

Um case muito interessante é o da empresa Aorta, cujos funcionários souberam pelo Facebook que a instituição foi adquirida pelo Grupo.Mobi, holding digital da RBS, em janeiro deste ano. “É onde você baixa a guarda e se coloca no mesmo patamar de todos”, diz Gustavo Ziller, diretor geral da Aorta, em entrevista à Folha de São Paulo.

Regras gerais

Oficializar o novo canal de comunicação para os funcionários nas redes é o primeiro passo para aposentar o modelo conservador de intranet que conhecemos, quase sempre fundamentado em layouts pouco atrativos aos usuários, carregados, e com editorias recheadas de temas nada participativos, que fazem uso ainda de uma via de comunicação de mão única. É preciso oficializar essa abertura a todos, criando também regras claras para utilização dos novos espaços. Só assim o projeto começa a fluir, garantem os especialistas.

A Telefônica, para citar outro exemplo, adotou um grupo fechado no Facebook para os 59 funcionários da área de Comunicação, espalhados por nove estados brasileiros. A proposta é acabar de vez com as videoconferências e reuniões não presenciais, otimizando o tempo de todos por intermédio da participação assídua em fóruns de discussões apresentados no Facebook, nos quais os colaboradores são convidados a prestarem suas contribuições, discutindo processos da empresa, sobretudo após a fusão com a Vivo, em dezembro do ano passado. A iniciativa tem rendido excelentes resultados.

Fato é que todo projeto de comunicação interna, baseado ou não em uma intranet ágil e eficiente, precisa ser estrategicamente pensado, de modo a envolver a comunidade de colaboradores e prestadores de serviços no maior grau possível. Em uma época em que todos tornaram-se produtores de conteúdo, não dá mais para imaginar uma intranet fechada, que não está atenta à opinião e às novas ideias dos funcionários, seja quanto ao formato de tudo aquilo que disponibiliza em seus canais, seja quanto à profundidade do que é veiculado. O pior ruído que pode existir, nesse sentido, é a comunidade interna ficar sabendo de algo referente à empresa em que trabalha através da grande mídia, fazendo jus ao ditado popular do “marido traído”, aquele que é sempre o último a saber das coisas. Transparência é fundamental na condução desse processo comunicacional.

Nós, da Trama, atuamos com grande expertise em projetos ligados à comunicação interna para clientes como Produban-Santander, Transpetro e Nossa Caixa Desenvolvimento/Agência de Fomento Paulista. Compreendemos que o compartilhamento de ideias, soluções e problemas em comum pelos colaboradores é algo extremamente relevante para o crescimento das organizações e que esse ambiente de estímulo pode e deve ser o foco central de todo projeto de comunicação. Estamos atentos a essas transformações. E você, o que pensa a respeito disso?

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