Como falar de clima sem esquecer quem mais sente seus efeitos? Este case do UNICEF reposiciona a cobertura climática sob a ótica de crianças e adolescentes, capacitando jornalistas para enxergar impactos reais (saúde, educação, proteção, segurança alimentar) e transformar dados em histórias que mobilizam políticas públicas. Um projeto para afinar a “lente” da imprensa — e colocar a infância no centro da pauta ambiental.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos.
Em 2024, 1,17M de estudantes tiveram aulas interrompidas por eventos extremos e 33M enfrentam hoje o dobro de dias de calor em relação a seus avós, afetando saúde, nutrição e bem-estar.
Embora sejam os mais vulneráveis, crianças e adolescentes ainda são pouco contemplados em políticas e narrativas jornalísticas. A nova NDC brasileira incluiu pela primeira vez os direitos da infância. Um marco importante, que agora
precisa se traduzir em implementação efetiva.
Afinal, a crise climática é, sobretudo, uma crise de direitos, o que torna urgente apoiar jornalistas para que tragam esse recorte ao debate público rumo à COP30.
O desafio para pautar a infância e adolescência na crise climática
Sensibilizar jornalistas e editores para o fato de que a crise climática é também uma crise humanitária que ameaça diretamente os direitos de crianças e adolescentes.
Engajar veículos de tier 1 e regionais em uma iniciativa inédita, garantindo diversidade de olhares na cobertura sobre clima e infância.
Traduzir dados e evidências sobre os impactos climáticos na infância em conteúdos acessíveis e aplicáveis à prática jornalística.
Promover a troca direta entre jornalistas e especialistas do UNICEF, consolidando a organização como fonte estratégica de referência em clima e infância.
Estratégia para qualificar a cobertura climática
A estratégia partiu do reconhecimento de que a crise climática é também uma crise de direitos da infância, ainda pouco incorporada pela imprensa. O UNICEF estruturou o workshop como ação de advocacy e comunicação, com três eixos:
Posicionamento
Consolidar o UNICEF como fonte confiável em clima e infância.
Capacitação
Oferecer painéis sobre impactos nas áreas de saúde, educação, proteção e acesso à água.
Ferramentas Práticas
Dados e orientações para integrar o recorte infantojuvenil de forma transversal às pautas.
Ações Realizadas
Workshop “Crianças e adolescentes no centro da cobertura climática”.
Iniciativa para qualificar jornalistas e editores a tratarem a crise climática como uma crise de direitos da infância e adolescência.
Por meio de painéis com especialistas, dados atualizados e ferramentas práticas de apuração, o UNICEF ofereceu suporte para que a imprensa incorporasse o olhar infantojuvenil em pautas sobre clima, conectando saúde, educação, proteção e acesso à água às discussões da COP30 e à nova NDC brasileira.
O evento online teve duas horas de duração e reuniu repórteres e editores de diferentes editorias.
Foram conduzidos três painéis:
Impactos da crise climática nos direitos da infância;
Como construir pautas com recorte infantojuvenil;
e a COP30 e a nova NDC brasileira.
A iniciativa priorizou a troca direta entre especialistas do UNICEF e jornalistas, com espaço para perguntas e debates sobre como integrar o recorte infantojuvenil na cobertura climática, especialmente no contexto da COP30.
Resultados
44Jornalistas
participaram do workshop, representando 36 veículos de imprensa
2 Horas
de conteúdo qualificado com especialistas do UNICEF sobre clima e infância
100 %
dos feedbacks ressaltaram relevância do tema e qualidade do conteúdo