São Paulo, junho de 2014 – Qualificar e formalizar as atividades de 2.400 microempreendedores individuais dedicados ao comércio de alimentação fora do lar nas cidades-sedes da Copa do Mundo. Essa é a proposta do projeto Comida de Rua, recém-lançado pelo Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com o SEBRAE. O projeto utiliza a metodologia do Cozinha Brasil, programa de educação alimentar do SESI que difunde boas práticas de alimentação saudável e aproveitamento integral dos alimentos a diversos públicos.
Angela Peres, coordenadora nacional do Cozinha Brasil, comenta que a ideia do projeto Comida de Rua é garantir a segurança alimentar dos consumidores e tornar o negócio mais rentável. “É uma possibilidade para melhoria do negócio, pois é preciso estar atento a questões como higiene, comercialização de produtos mais saudáveis e aproveitamento total dos alimentos o que, na prática, também significa rentabilidade e competitividade para os microempreendedores individuais”, afirma Angela.
Para que os comerciantes atinjam esses objetivos, o projeto oferece curso de 39 horas-aula ministrado por nutricionistas e especialistas em empreendedorismo. Serão realizadas oficinas para as áreas de vendas, compras, empreendedorismo e boas práticas alimentares. Nas aulas são dadas dicas sobre manipulação adequada e melhor apresentação dos produtos e do negócio, além de técnicas empreendedoras e receitas diferenciadas com aproveitamento integral dos alimentos.
Há dez anos trabalhando no Cozinha Brasil, a nutricionista Juliana de Souza Costa, do SESI-MG, comemora quatro turmas capacitadas pelo Comida de Rua em menos de um mês. São 78 pessoas qualificadas e a meta é atender 200 empreendedores individuais até o final do ano. Entre os desafios propostos, Juliana destaca a inclusão de ingredientes naturais e mais saudáveis nos cardápios. Outra dica é incentivar o empreendedor a fabricar o próprio pão utilizando batata, mandioca, abóbora e inhame. Noções sobre armazenamento, estocagem e congelamento dos alimentos complementam as oficinas.
O resultado é bastante positivo, comenta Juliana. “Os alunos saem dos cursos motivados, sentem-se valorizados e passam a promover novas práticas, substituindo, incrementando ou incorporando novos pratos aos cardápios”, comemora a nutricionista.
Foi inspirada e muito bem impressionada que a microempreendedora potiguar Celina de Souza Leão, de 29 anos, se sentiu ao frequentar as primeiras aulas do projeto. Prestes a migrar seu comércio para uma lanchonete com foco em lanches e sorvetes, e acessórios para surf, no centro de Natal, a microempreendedora que tem experiência em pequenos negócios, confessa que, antes do curso, não tinha noções básicas sobre vendas e administração do capital. “Vou completar uma semana de curso e ele será decisivo para estruturar meu negócio e ganhar dinheiro, principalmente com a chegada da Copa e de outros eventos que o país receberá”, afirma.
As aulas também incluem noções de empreendedorismo. Consultores do SEBRAE aplicam técnicas desenvolvidas por meio da ferramenta SEI – Sebrae para Microempreendedor Individual, cujo objetivo é fortalecer a atividade empresarial entre os microempreendedores individuais. Para Michelle Chalub, analista do SEBRAE de Minas Gerais, a iniciativa tem conquistado fãs devido ao dinamismo das atividades. “Os cursos envolvem simulações, experiências práticas que ensinam a lidar com dinheiro, planejar, comprar e vender. Esse cuidado com o projeto fez o público da primeira turma se multiplicar espontaneamente tanto que hoje estamos na quarta turma e já planejando novas”, finaliza Michelle.
Sobre o Cozinha Brasil
Presente em todo o País, o Cozinha Brasil já capacitou um milhão de pessoas em dois mil municípios. Mais de 1700 indústrias estão envolvidas no treinamento de funcionários, familiares e comunidade. Nos últimos anos o Cozinha Brasil ganhou projeção internacional. Com apoio da Agência Brasileira de Cooperação – ABC e do Fundo Mundial para Agricultura e Alimentação – FAO/ONU, o programa vem sendo implementado em países da América Latina e África como componente de políticas públicas de desenvolvimento social e segurança alimentar.
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