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Nove em cada dez microempreendedores brasileiros têm medo de expandir seus negócios

 Pesquisa realizada pela consultoria de engajamento Santo Caos revela que o desejo da maioria dos brasileiros ao se lançar no mundo do empreendedorismo é, na verdade, se livrar do chefe

São Paulo, outubro de 2016 – Grande parte dos brasileiros que monta um pequeno negócio não quer empreender, deseja apenas um emprego sem chefe. É o que aponta um estudo realizado pela consultoria de engajamento Santo Caos com 548 microempreendedores de sete estados (AM, PA, MG, PE, RJ, RS e SP), entre janeiro e março de 2016.

A pesquisa quanti e qualitativa teve como foco entender melhor o perfil e a realidade do microempreendedor brasileiro, além de apontar suas motivações para abrir e expandir (ou não) seu próprio negócio. Segundo o estudo, somente 5% dos profissionais à frente de microempresas planejam abrir novas lojas próprias e 6% querem franquear a marca, ainda que a maioria (64%) afirme que quer aumentar as vendas.

"Apesar do desejo de faturar mais, nove entre dez brasileiros têm medo de expandir fisicamente, ou ainda, poucos estão dispostos a fazê-lo se isto significar um esforço maior e, principalmente, a inovação no modelo de negócios", analisa Jean Michel Gallo Soldatelli, sócio-diretor da Santo Caos.

Empreendedorismo de subsistência x de vitrine
Uma das explicações para a falta de vontade de crescer está nas motivações que faz o brasileiro empreender. Dos quatro perfis identificados na pesquisa, dois deles (que correspondem a 58% do total) correspondem aos microempreendedores de subsistência, aqueles que não tem reservas financeiras, apoio de família ou investidor, portanto, não podem arriscar em seus negócios. "A pessoa não procura se capacitar, montar um plano de negócios, atrair investidores. Ela simplesmente abre o negócio e começa a trabalhar nele, investindo todo seu dinheiro, as vezes se endividando, portanto, ela não pode arriscar", enfatiza o consultor.

Essa realidade contrapõe ao famoso espírito empreendedor, ou o que tem sido chamado de "empreendedorismo de palco" muito difundido nos Estados Unidos e amplamente divulgado aqui no Brasil, que é ligado a capacitação, inovação e vontade. Nesse tipo de empreendedorismo, geralmente mais ligado as start ups, a ideia vale mais do que o negócio, e você pode fazer um crowdfunding para arrecadar fundos e contar com o apoio gerencial de mentores.

Os entrevistados pela Santo Caos apontam entre os pontos positivos de empreender o lucro (32%) e a flexibilidade (47%) como principais vantagens. Preocupação, dedicação e comprometimento com o negócio foram avaliados como pontos negativos por 22% dos consultados na pesquisa.

"Com base nestes dados, podemos afirmar que o microempreendedor brasileiro é um funcionário sem chefe: não quer ter grandes preocupações, consequentemente, tem medo de expandir", reforça Soldatelli.

Origem dos recursos para investir e capacitação
Outro ponto importante levantado pelo diagnóstico diz respeito à origem dos recursos dos pequenos empresários para investir em seus negócios. A grande maioria (75%) investe seu próprio dinheiro e metade (48%) não procura ajuda na hora de abrir um negócio. Apenas 27% pedem ajuda aos familiares.

Em relação à capacitação para uma melhor gestão dos negócios, 32% dos microempreendedores não procuram se qualificar para administrar. Entre os que aprimoram seus conhecimentos, 29% buscam informações por conta própria na internet e 27% obtêm apoio em consultorias como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Endeavor.

"Independentemente do perfil, a maioria busca pouca ajuda, seja para investir na empresa ou para se capacitar. Essa é outra das características desejáveis em um empreendedor, pois evita problemas com finanças, equipe e vendas, que comprometem de maneira significativa o desempenho do negócio e limitam sua capacidade de crescer", afirma Jean Michel Gallo Soldatelli, sócio-diretor da Santo Caos.

Quatro perfis dos microempreendores brasileiros
O estudo classificou os microempreendedores brasileiros em quatro diferentes perfis. O mais comum é o "Seu vendinha" (34,7%), caracterizado pela pouca qualificação e ambição de crescimento, é o empresário que se baseia nas relações com a comunidade do entorno.

O "By the book" (25,6%) é o empresário mais administrativo, que procura apoio e busca sempre planejar seu próximo passo. É o que mais deseja crescer. Já o "El panfletero" (24%) é o mais arrojado, busca ser reconhecido e, apesar de geralmente não ter uma estrutura administrativa sólida, trabalha para ampliar sua atuação com diversos serviços e produtos.

Por último, o "Business Ghandi" (15,7%), geralmente um microempreendedor que mudou sua área de atuação em busca de uma maior satisfação, tem uma filosofia atrelada ao seu negócio e prefere continuar com o controle desse conceito ao conquistar maior faturamento.

Sobre a Santo Caos
Fundada em 2013, a primeira consultoria de engajamento do Brasil tem como objetivo entender os públicos, internos ou externos, das empresas e desenvolver estratégias para que estes públicos trabalhem a favor da empresa. Já engajou públicos de grandes empresas como McDonald’s, Facebook, Ambev e ViaVarejo. Também auxilia empresas com engajamento de causa, com estudos especializados em jovens de baixa renda, educação e tecnologia, diversidade, entre outros.

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