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Crescimento econômico depende do estoque de capital em infraestrutura do País, diz ministro Delfim Netto em live do IE

Em webinar, o ex-ministro citou que se o Brasil não investir 20% do PIB em Infraestrutura não haverá crescimento e sim, retração. E apontou o saneamento como a base de uma sociedade razoável

O Instituto de Engenharia (IE) realizou uma live nesta sexta-feira, dia 12 com os ex-ministros da Fazenda, Antônio Delfim Netto e Shigeaki Ueki para falar sobre a retomada da economia e a política de desenvolvimento nacional. O encontro foi mediado pela jornalista Claudia Safatle e teve interações dos vice-presidentes do Instituto de Engenharia, Arlindo Moura e Ricardo Kenzo.

“O crescimento econômico do Brasil depende diretamente do investimento e do estoque de capital em infraestrutura do País”. Para o ex-ministro Delfim Netto, o país investe pouco em engenharia e as taxas de investimento em infraestrutura são baixas em relação ao PIB, até em relação a outros países da América Latina.

Se o Brasil não investir aproximadamente 20% do PIB em Infraestrutura, não vamos crescer, mas sim, retrair e infelizmente isso é o que acontece nos últimos 30 anos”, afirmou Delfim Netto. Para o ex-ministro, hoje há muitas obras paradas por diversos motivos e seria necessário aumentar o investimento em Engenharia nesse momento para atrair investimento, gerar empregos e renda.

Delfim explicou que o valor do estoque de infraestrutura ponderado pelo PIB e uma medida objetiva e facilmente comparável ao longo do tempo e a outros países. Em termos de estoque total de infraestrutura, o Brasil possui uma taxa de apenas 36% de estoque em relação ao PIB enquanto países desenvolvidos apresentam um patamar de 64% a 85%. (IPEA, 2018).

Esse sentimento também foi exposto pelo ex-ministro Shigeaki Ueki. “Nossa infraestrutura insuficiente é um dos principais gargalos para a baixa competitividade no país, o Brasil precisa gerar empregos e retomar o investimento em infraestrutura”. O ministro citou que o Brasil hoje ocupa a 71º posição entre 141 países no ranking global competitividade do Relatório do Fórum Econômico Mundial de 2019.

Lições da pandemia e o investimento em saneamento

Outra preocupação exposta pelo ministro Delfim Netto foi como o Brasil precisa ser mais social para superar o desafio do Covid-19. E um ponto inicial e classificado como essencial por ele foi na questão da universalização do Saneamento no Brasil, tema que está em evidência dentro do Instituto de Engenharia.

“Saneamento está na base da construção de uma sociedade razoável e isso é dar para todos uma oportunidade de vida. A pandemia nos deu uma lição que é o aperfeiçoamento do SUS no enfrentamento de grandes crises na saúde”, afirmou Delfim Netto. Para ele as pessoas precisam ter uma oportunidade de água e esgoto tratado e com isso, possibilitará que elas tenham uma base para iniciar suas vidas e enfrentarem os desafios diários.

Atrair investimento e iniciativa privada

A atividade econômica e qualidade de vida da população dependem da infraestrutura e os ministros consideraram importante o apoio da iniciativa privada para acabar obrar inacabadas e ter algumas mudanças institucionais relevantes, de governança e de gestão. Para eles, o Estado precisa assegurar estabilidade e segurança jurídica dos contratos, dar autonomia as agências reguladoras, e seguir a lei sobre o tema, aprovada no governo do presidente Michel Temer. Para ambos, é preciso dar garantias jurídicas e respeito aos contratos com as empresas.

Além disso, eles indicam que o Estado precisa dedicar mais atenção ao padronizar planejamento e priorização de determinados projetos que possam servir de catalizadores para o desenvolvimento econômico. “Precisamos ser mais objetivos em um programa de desenvolvimento do Brasil. Reforço que essa conversa que temos hoje no Instituto de Engenharia deveria estar em mais locais de debate, pois é um dos cenários mais positivos do nosso futuro”, comentou Shigeaki Ueki, que também é ex-presidente da Petrobrás.

Por fim, Delfim Netto reforçou a necessidade de reforma do estado com possibilidade de novos espaços para investimentos e da reforça tributária, que vai melhorar a qualidade da tributação nacional. Já Shigeaki Ueki disse que o Brasil precisa aproveitar das suas qualidades territoriais, de não ter brigas religiosas e do seu excelente clima para crescer e ser assim, um credor do mundo.

“Para o Instituto de Engenharia é muito importante mediar e abrir espaço para levantarmos discussões que agreguem pontos relevantes para o avanço do Brasil. Dentro da nossa casa queremos sempre contribuir para o desenvolvimento nacional e em linha com o pensamento do ministro Delfim Netto, acreditamos que isso se passa por investir em Infraestrutura e na questão social com a oferta de Saneamento para todos”, acredita Arlindo Moura, do IE.

Esse encontro que teve a participação dos ex-ministros Antônio Delfim Netto e Shigeaki Ueki faz parte de uma série de webinars do Instituto de Engenharia que estão discutindo o futuro do Brasil pós Covid-19. Para ver a live na integra, acesse https://bit.ly/37zMmw9 ou Youtube do IE.


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