BR3 é a responsável pelo produto capaz de transformar, de modo sustentável, a população em agentes de combate ao mosquito transmissor
Desenvolvido por pesquisadores e cientistas ligados à Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), o DengueTech combate as larvas do mosquito usando a bactéria Bacillus thuringiensis israelensis, conhecida como Bti. O uso desse agente biológico é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, no Brasil, é aprovado pela Anvisa para livre venda e uso pela população.
“O Aedes Aegypti possui uma capacidade de adaptação muito grande (frio, água limpa ou suja) e em poucos meses consegue se tornar resistente aos inseticidas atuais. Já o Bti consegue evitar que o mosquito crie essa resistência e ainda não afeta outros insetos benéficos ao meio ambiente, por isso é a forma mais segura e sustentável de controlar o Aedes. Com a nossa tecnologia, tornamos esse larvicida acessível à população e viabilize o que a OMS recomenda: engajar e empoderar a população para o controle sustentável do Aedes”, explica Rodrigo Perez, diretor da BR3.
Funcionamento
O DengueTech possui a forma de um comprimido e funciona de forma simples. Basta colocá-lo em recipientes que possuam água parada, ou onde ela possa se acumular, a cada 60 dias. Um comprimido pode ser usado para até 50 litros. Na água ele se dissolve liberando microrganismos e proteínas, dessa forma, quando os ovos do mosquito eclodirem, as larvas vão ingerir o DengueTech e morrerão.
Para Perez, a população precisa ajudar e fazer a sua parte para evitar a proliferação do mosquito. “As doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti se tornaram temidas no mundo todo. Agora o Brasil passa por um momento em que a proliferação da febre amarela cresce a cada dia. Além disso, os números de circulação de Dengue, Zika e Chikungunya atestam a presença do mosquito em praticamente todo o território nacional. Por isso é importante que, junto com os órgãos responsáveis, a população se mobilize eliminando os criadouros em suas casas. Com estes cuidados é possível reduzir a densidade dos ovos em até 90%”, argumenta o executivo.
Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec, é um entusiasta do DengueTech. “Nosso papel vai além de incentivar projetos de melhoria do meio ambiente, nós também provocamos os negócios para que impactem a sociedade de forma positiva. O DengueTech, sem dúvida, é um dos produtos mais relevantes que já saíram do Cietec, nos nossos 20 anos de atividade”, explica o diretor.
O Dengue Tech pode ser comprado através do Facebook da marca https://www.facebook.com/DengueTech/. Cada embalagem possui 03 ou 10 pastilhas, aos preços de R$ 16,50 e 49,99, respectivamente.
A Febre Amarela
Erradicada desde a década de 1940, a febre amarela volta a se espalhar pelas cidades brasileiras. Em 2017, foram registrados 797 casos da doença no Brasil, com 275 mortes, neste ano, em 16 de janeiro, o Ministério da Saúde divulgou 35 casos confirmados, sendo São Paulo e Minas Gerais as cidades que mais registraram a incidência.
Sobre a BR3
A empresa de biotecnologia BR3 é associada ao Cietec (Incubadora de Empresas de Base Tecnológica) entidade Gestora da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo USP/IPEN, desde 2003 com o seu fungicida Fegatex (lançado em 2001). Com ele a empresa se tornou a primeira nacional a desenvolver no Brasil um defensivo agrícola a partir de um ingrediente ativo de uso inédito na agricultura mundial. E desde então é a única.
Desde 2010 a empresa vem se dedicando a desenvolver bioprodutos. Em 2011 foi licenciada (após chamada pública e cumprimento de diversas exigências) para trabalhar com a biotecnologia desenvolvida pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e desde 2016 comercializa o DengueTech, a linha de larvicidas para controle de vetores da dengue, chikungunya, zika, malária e filariose. Também desenvolve produtos biofungicidas e promotores de crescimento para aplicações agrícolas.