Startup do Cietec pretende acelerar o desenvolvimento produtivo da tecnologia 3D e de novos produtos de forma prática, desmitificada e dinâmica
São Paulo, maio de 2019 – A tecnologia a serviço da biomedicina criou uma nova vertente de mercado, a bioimpressão, ou seja, o uso de impressora 3D para produzir órgãos a partir de células-tronco do próprio paciente e solucionar problemas de incompatibilidade do sistema imunológico. Para auxiliar na demanda, a BioEdTech, startup da Incubadora USP/IPEN-Cietec, oferece cursos de capacitação para novos profissionais, bem como desenvolvimento de novos métodos para a inovadora área da bioimpressão.
A bioimpressão 3D surgiu como uma poderosa ferramenta tecnológica disruptiva que tem a resolução em escala mícron, permitindo o posicionamento de células, matriz, e biomoléculas de forma a mimetizar a estrutura de tecidos e órgãos. Esta tecnologia inovadora tem o propósito de superar as limitações da engenharia de tecidos convencional, pois o uso combinado de impressão 3D, materiais biocompatíveis e biodegradáveis, células e sinais biomoleculares surgiram como uma tecnologia com alto potencial para enfrentar esses desafios, produzindo substituições teciduais de forma eficaz.
O propósito da BioEdTech é a capacitação de estudantes, profissionais e empresas em bioimpressão de tecidos de forma prática, desmitificada e dinâmica, focada nos desafios da área, para acelerar o desenvolvimento produtivo da tecnologia e de novos produtos por meio de parcerias. Os serviços da startup preencherão a lacuna existente no segmento educacional e bioeconômico do Brasil em áreas emergentes e interdisciplinares, como a bioimpressão de tecidos e órgãos.
A metodologia e o conteúdo abordados nos cursos da BioEdTech proporcionarão o aprendizado de tecnologias e habilidades de ponta, capacitando alunos, profissionais e empresas para um novo campo do conhecimento e, consequentemente, para um mercado de trabalho promissor para a saúde. Além dos cursos, a empresa oferece meetups mensais e gratuitos no Cietec.
“De acordo com um estudo recente feito pelo Fórum Econômico Mundial, no Brasil, 49% das organizações pretendem investir na bioimpressão 3D até 2022. E nós acreditamos que esta tecnologia irá ajudar não somente na aprendizagem, mas também na descoberta das próprias potencialidades, além de trazer inovação para o setor da saúde”, afirma Janaina Dernowsek, CEO da BioEdTech.
Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec, acredita que a bioimpressão vem revolucionar a medicina reconstrutiva. Com o crescimento deste segmento, o papel da BioEdTech é muito importante para ajudar na capacitação dos novos profissionais deste mercado. “Vamos incentivar ao máximo o fomento para a consolidação deste projeto, por meio de suporte e apoio nas áreas tecnológicas, empresarial e na captação de recursos”, finaliza Risola.