AMIB e Anvisa lançam campanha de prevenção de infecção sanguínea associada ao uso de cateteres - Trama
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AMIB e Anvisa lançam campanha de prevenção de infecção sanguínea associada ao uso de cateteres

 Problema atinge predominantemente pacientes internados em UTIs e pode ser evitado com a colaboração da família. Meta é reduzir em 20% os indicadores deste tipo de infecção

São Paulo, setembro de 2016 – É muito comum que pacientes críticos, que estão nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dos hospitais, necessitem de cateteres para a administração de medicamentos intravenosos. Esse instrumento, manufaturado a partir de um material sintético, é considerado um corpo estranho pelo organismo humano e, segundo as estatísticas, 12% das infecções hospitalares são do tipo sanguíneo e causadas justamente por cateteres. Por esses motivos, a AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) juntaram forças na campanha "Prevenção da Infecção na UTI – Fase II: Prevenção da Infecção de Corrente Sanguínea Associada a Cateter Venoso Central", para conscientizar profissionais de saúde e a população em geral sobre o problema.

Todos os anos a AMIB escolhe um enfoque sobre infecções em UTIs para alertar os indivíduos sobre o tema. Os dados de notificações do governo federal apontam que 45% dos pacientes internados em UTIs desenvolvem processos infecciosos, sendo que quase metade dessas pessoas adquiriu a infecção dentro da Unidade de Terapia Intensiva. Nesse âmbito, as infecções sanguíneas causadas por mau uso do cateter estão em quarto lugar na estatística, atrás da pneumonia associada à ventilação mecânica, da infecção de trato respiratório e da infecção de trato urinário.

Segundo o dr. Ederlon Rezende, coordenador da campanha pela AMIB, a infecção sanguínea associada ao uso de cateteres é adquirida durante a internação na UTI, embora as estratégias de prevenção sejam simples. "Basta que a equipe médica siga um check list, que vai desde a desinfecção adequada das mãos antes de manipular o cateter, o uso de soluções contra germes para o preparo da pele, a utilização de paramentação para proteger o paciente durante o procedimento de colocação do cateter e escolher o acesso que tenha o menor risco de infecção". O especialista em Medicina Intensiva destaca que o mais importante, no entanto, é que o médico verifique diariamente se o paciente ainda necessita usar o cateter.

A AMIB enfatiza o papel da família para prevenir as infecções. "É muito importante que a população seja esclarecida de que também pode atuar como vigilante. A família é uma barreira muito relevante para a prevenção, pois pode verificar se a equipe de saúde está cumprindo o check list, por exemplo",  explica o dr. Ederlon.

Como meta, é esperado que a campanha gere uma redução de até 20% nos indicadores atuais relacionados a este tipo de infecção.

Para os profissionais de saúde
A participação da Anvisa na campanha compreende a divulgação junto aos profissionais de saúde. A Gerência de Vigilância e Monitoramento de Serviços em Saúde, da Gerência-Geral de Tecnologia em Saúde do órgão regulador (GVIMS/GGTES), visa ao aumento de notificações dessas infecções pelos hospitais brasileiros, principalmente os públicos. Para impactar todos os profissionais, serão programadas ações dentro dos hospitais, intencionando à qualificação das pessoas que atuam nessas áreas.
 

O número de hospitais que se prontificam a avisar a vigilância sanitária nesses casos é baixo na maioria dos estados brasileiros. Na última estatística, em 2012, foram 1.128 hospitais notificados, sendo 54% deles do sudeste, representando 59% das notificações e 28% dos leitos de UTIs. O alerta intensifica a preocupação com o número de cateteres usados, em média 4,2 mil/dia em UTIs adulto e 5,2 mil/dia em UTIs pediátricas.

Nessa mesma pesquisa, as maiores baixas de notificações são Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul. Já com notificações acima do número de leitos são apontados Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraná e Santa Catarina. Já Alagoas e Roraima não têm nenhuma notificação. Os dados de confirmações laboratoriais mostram que 70% das infecções notificadas foram adquiridas em UTIs.

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