São Paulo, 24 de junho de 2004 – A imagem negativa que a política e os homens públicos têm no imaginário dos brasileiros é criada desde cedo, e reforçada pelos sucessivos escândalos de corrupção que permeiam a história nacional. Em geral, os jovens percebem este universo como algo distante praticado nos obscuros gabinetes e salões, onde o povo é deixado em segundo plano. Para transpor esta barreira e fazer os alunos se interessarem pela realidade brasileira, o Pueri Domus Escolas Associadas está lançando o livro Política como prática da liberdade, de Luis Renato Silva Maldonado.
A publicação segue o projeto pedagógico da coleção das Associadas. Segundo Maldonado, a finalidade do material é sensibilizar o estudante para a importância da política na vida dos cidadãos. Por meio de atividades diferenciadas, o aluno é convidado a empreender uma série de estudos e debates, culminando na possibilidade da organização de um grêmio estudantil.
“Além de estimular a leitura de jornais e revistas sobre o assunto, o material didático contém indicação de leituras científicas acerca do tema, aprofundando algumas questões e se distanciando das noções de senso comum”, observa o educador.
Histórico
A idéia do livro surgiu em 2002, quando Maldonado participou do projeto das Associadas denominado de “Olho no Voto” promovendo oficinas para estudantes de ensino fundamental II e médio das escolas da rede. Nas oficinas, o conceito de cidadania foi trabalhado nas suas múltiplas articulações. Foi discutida a necessidade de participação política, do indivíduo assumir a responsabilidade pública e intervir na dinâmica social.
A obra supre a necessidade de professores e alunos explorarem mais a fundo questões surgidas em debates sobre o tema, com uma abordagem mais crítica. “Empreendemos um projeto mais denso que discute a problemática a partir de um material didático específico, criado para contemplar as expectativas que os debates levantavam no meio juvenil”, destaca Maldonado.
O escritor comenta que o livro tem uma abordagem multidisciplinar. “A política é o eixo, mas tratamos de filosofia, história, arte, mídia, e como a juventude se relaciona com estes temas. Tudo isso considerando a política numa esfera maior, sem partidarismo”, esclarece.