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Estudo do Instituto de Engenharia expõe dependência de um único meio de transporte em projeto para ampliação da malha ferroviária no Brasil

Entidade propõe que a solução para evitar futuros desabastecimentos como o ocasionado por conta da greve dos caminhoneiros é investir na diversidade modal, principalmente a ferrovia 

São Paulo, junho de 2018 – A paralisação dos caminhoneiros pela alta nacional do óleo diesel e os reflexos disso pelo País (falta de combustível, desabastecimento de perecíveis em supermercados, paralização da produção de frigoríficos e redução da frota de ônibus) mostrou como o Brasil é dependente da malha rodoviária. A constatação desses e de outros graves problemas estruturais, assim como uma proposta de desenvolvimento para o Brasil baseada na ferrovia estão sendo apontadas pelo Instituto de Engenharia, que realizou estudo baseado em um profundo planejamento técnico de mais de dois anos.

“Alguns dos atuais gargalos da infraestrutura de transporte nacional são reflexos da opção feita pelo Estado brasileiro na década de 1950, quando os governantes decidiram priorizar os investimentos na indústria automobilística”, afirma Eduardo Lafraia, presidente do Instituto de Engenharia. “Consequentemente, recursos públicos dos três níveis de governo foram quase que integralmente canalizados para a ampliação da malha rodoviária, em detrimento dos transportes por ferrovia e hidrovia.”

Para formular o estudo, o Instituto de Engenharia (IE) reuniu um grupo de especialistas altamente qualificados para desenvolver o Projeto Brasil, que leva em conta questões sociais, culturais e ambientais. O objetivo desta iniciativa é levar à sociedade um projeto de desenvolvimento nacional para os próximos 30 anos, cônscio de sua responsabilidade perante o Brasil e seus habitantes, como entidade da sociedade civil voltada ao progresso do País.

O estudo traz alguns dados comparativos, mostrando que a malha ferroviária brasileira é inferior a 30 mil quilômetros de extensão. Já nos Estados Unidos, este número sobe para 225 mil quilômetros; China, 86 mil, e, Rússia, 87 mil quilômetros. Ou seja, o modelo baseado em um único modal adotado no Brasil vai na contramão do que fizeram outros países, como Estados Unidos, Canadá, Japão e a maior parte da União Europeia que priorizaram o transporte por trilhos, dentro e fora das cidades.

“A crise que estamos assistindo é, em grande parte, fruto do caos logístico decorrente da concentração do transporte de cargas e de passageiros em um único modal”, indica Lafraia. Para o presidente do Instituto, se houvesse uma malha ferroviária e estes alimentos e combustíveis pudessem ser levados até os centros urbanos por trens, seria possível agora minimizar o impacto desta crise, que, em nove dias, gerou um prejuízo de R$ 32,5 bilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.”

 

A proposta do Instituto de Engenharia

A iniciativa tem como proposta a ocupação sustentável do território nacional pela ferrovia associada ao agronegócio. “Ela possibilitará a expansão da produção e a redução do custo logístico e das perdas no transporte, remunerando melhor os produtores, seus empregados e toda a cadeia produtiva associada, além da sociedade”, diz Jorge Hori, relator do Projeto Brasil e consultor de Planejamento e Gestão do Instituto de Engenharia.

O projeto de desenvolvimento proposto se baseia na implantação de abrangente estrutura ferroviária para transporte de grãos e outros produtos do agronegócio, cria a oportunidade de desenvolver significativa indústria no setor, incluindo desde os trilhos e material rodante até equipamentos de sinalização, transmissão e controle.

A proposta do Instituto de Engenharia recomenda priorizar os investimentos de construção e operação da Ferrovia Norte-Sul. O estudo destaca ainda o Paralelo 16 (ou Latitude 160 Sul), linha imaginária que passa pelo Mato Grosso, Goiás, Brasília, Minas Gerais e Sul da Bahia, que foi adotado como referência para avaliação das melhores rotas de escoamento, como as ferrovias, que diminuíram os custos e aumentariam a competitividade dos produtos brasileiros.

“Há mais de dois anos, estudamos a ampliação do uso da ferrovia na logística nacional, com propostas de médio e longos prazos, que contam com investimentos privados”, explica Lafraia. “Temos ainda um grupo focado nas propostas hidroviárias. Essas iniciativas visam a expansão da produção e a redução do custo logístico e das perdas no transporte. Tenho certeza de que, com isso, traremos mais eficiência logística ao País e, consequentemente, muitos benefícios a todos os brasileiros!”, finaliza.

 

Por que investir em ferrovia?

– Ideal para longas distâncias

– Sem congestionamentos

– Menos acidentes e roubos

– 38% menos de emissão de CO2 ou 0% de emissão (se eletrificada),

– 2,5 vezes menos impacto ambiental na construção da linha férrea em relação às rodovias

– Grande capacidade de transporte

– 500 carretas de minério = 1 trem padrão com 134 vagões

– 50 caminhões = 1 trem padrão de contêineres

– Redução de perdas

– Indutor de tecnologia e infraestrutura de utilidades para cidades (energia, telecomunicações etc).

 


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