Em dezembro de 2011, notícias que andaram circulando Brasil afora nos chamaram a atenção para um fato que não deve ser subestimado: é grande o potencial de crescimento do segmento editorial nacional, o que tem tornado o nosso mercado objeto de interesse de grandes grupos estrangeiros.

Recentemente, vimos a editora britânica Penguin anunciar a comprar de 45% da Companhia das Letras, uma das mais renomadas empresas nacionais do ramo. Em entrevista à Folha SP, o executivo do grupo britânico, John Makinson, foi taxativo ao dizer as razões que motivaram o investimento de R$ 50 milhões no mercado brasileiro: a transição deve ajudar a Penguin a entender melhor o comportamento do consumidor em um cenário de amplo crescimento como o do Brasil, no qual os livros impressos ainda são mais fortes que os digitais. Fora que a expansão do público leitor em solo nacional deve crescer consideravelmente nos próximos anos em virtude dos esforços de elevação do padrão educacional do País.

Há alguns anos, diversos comunicólogos apostam no enfraquecimento da mídia impressa diante da chegada de tablets, smartphones e outros dispositivos ao mercado que permitem o acesso à leitura em tempo real e de forma online/digital. Acontece que a realidade da imensa maioria do povo brasileiro ainda está distante dessa acessibilidade remota. Saindo do eixo Rio-São Paulo, a infraestrutura para acesso à internet e a dispositivos dessa natureza que garantam conexão é ainda bastante deficiente. É preciso ter cautela antes de apregoar a extinção dos jornais, revistas e demais veículos impressos.

Análise feita por pelo presidente da International Newsmedia Marketing Association (Inma), Earl Wilkinson, em um seminário realizado em São paulo, no final de 2011, atesta que, apesar do avanço das tecnologias digitais, o jornal impresso reinará soberano no Brasil por mais, pelo menos, 50 anos. O raciocínio do dirigente da Inma é semelhante ao do executivo da Penguin: o consumo de produtos editoriais impressos cresce em países com classe média em expansão e elevadas taxas de analfabetismo, ao mesmo tempo em que os tablets, vendidos nesses mercados a um preço médio de US$ 800, não representam neste momento um concorrente de fato para a indústria gráfica.

Cabe a nós, comunicólogos do século XXI, nos debruçarmos sim sobre a questão da convergência midiática, algo que a Trama já tem desenvolvido para seus clientes na área de Conteúdo (case Votorantim Metais), Mídias Sociais e Relacionamento com a Imprensa. Planejar e elaborar conteúdos multimídias, relacionados às mais variadas plataformas disponíveis, é dever de uma agência de comunicação que pensa o mercado de maneira global e sabe analisar todos os públicos de interesse (stakeholders) que possuem interface com o cliente, estejam eles onde estiverem.

Portanto, antes de executar qualquer projeto, ainda são válidas algumas célebres questões: com quem quero me comunicar, onde está meu público-alvo, quais são seus hábitos de consumo da informação e de que forma posso integrar diversas plataformas para esse público?

Uma pesquisa ajuda muito nesse sentido. E nós estamos preparamos para esse desafio! Fale com a gente a respeito!