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Quem anda de metrô, ônibus ou mesmo a pé pelas principais avenidas de São Paulo depara-se com um contingente enorme daquilo que particularmente costumo classificar como os “novos autistas”: indivíduos tão conectados a sua própria, única e particularizada realidade – através de celulares, Ipods, aparelhos de Mp3, IPhones (entre outras parafernalhas) – que por vezes se esquecem de intergir com quem dividem o banco do vagão, a mesa da lanchonete, o meio fio da calçada ou a fila da padaria. Enfim, eles fazem parte da sociedade contemporânea.

E houve quem apostasse que isso era apenas o começo. E realmente acertou em cheio!
Essa tribo vai aumentar com os chamados e-readers. Sim, eles são a nova sensação. Após o advento do Kindle, da Amazon, do Ipad, fabricado pela Apple, uma enxurrada de aparelhos genéricos invadiu os estandes comerciais da principal feira de tecnologia do mundo, a Cebit 2010, na Alemanha. Eram dezenas de expositores (sobretudo chineses) a procura de compradores para seus protótipos com a esperança de que algum gigante europeu adquirisse a ideia com vistas à comercialização em larga escala. Tradução: eles serão produzidos em massa, e muito em breve!

Certamente, isso influenciará o mercado editorial. Devemos ver, cada vez mais, a convergência das publicações, principalmente as especializadas e customizadas, para o formato digital. Não apenas para facilitar a leitura e o acesso aos usuários dos novos equipamentos, mas sobretudo porque tais dispositivos são capazes de conferir ainda maior dinanismo e interatividade às reflexões que partem dali. Muito diferente do cenário dos e-books que, num passado não muito distante, eram temidos como os exterminadores dos livros impressos. Os e-readers vão permitir que ao andar de metrô você leve consigo o seu jornal preferido, o livro de auto-ajuda, o caderno de receitas culinárias, aquele romance de Saramago, a Revista Playboy quase em dimensões daquela de banca, enfim, o mundo inteiro embaixo do braço. É esperar para ver, ou melhor, para acessar.